Nunca tinha lido Graham Greene, nunca mais deixei de ler. Mas em nenhum outro livro encontrei o deslumbramento intacto deste que me falava de um mundo estranho -o teu mundo, em que a fé se abre num piano de subtis feitiços (tu chamavas-lhes milagres). O teu mundo, um mundo em que o pecado age com um cuidado de maquilhador transportando o brilho pardo das almas para a temperatura da pele. Um mundo em que o mal, espécie ligeira de vacina, apenas embeleza a febre das paixões humanas -atenuando-lhes o rasto, sublinhando-lhes o risco e o sacrifício. A rapariga saiu do avião sem olhar para trás, guardei o livro para reler contigo, anos antes de te conhecer.
Fazes
me falta (Página
106), Inês Pedrosa. Publicações Dom Quixote, 10a
edição
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Imagem Ron Lach publicada no Pexels
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